Tragicomédia em muitos atos representada pelos humanoides no teatro Planeta Terra (pretensa propriedade de um suposto Deus) com direção do ausente Estado)
Este livro, de convicta lavra ateísta, contém conceitos que embora frutos de coerente raciocínio podem, por força da hipocrisia social e ambiguidade das leis serem tomados por apologia ao anarquismo, violência e racismo. Não é um manual, tampouco autoajuda, devendo ser entendido como um contrapor racional às discussões sobre os citados assuntos, usando o direito da livre manifestação do pensamento. Leitura, portanto não recomendada a indivíduos sugestionáveis, abrangidos aí os adolescentes.
Este não é um livro politicamente correto. Os conceitos nele contidos não sofrem a influência ridícula e ficcional das religiões, não acatam as imposições ditas científicas incompreensíveis e aceitas sem contestação, nem as inconsequentes, teóricas e irreais prosopopeias acadêmicas, não se curvando às pressões de grupamentos raciais, políticos ou sociais que em nome do chamado “politicamente correto” querem impor sua incapacidade e incompetência como direito às benesses conseguidas pelo esforço dos demais. A primeira parte, A angústia de Deus,é uma teoria mais plausível, mais digerível, do surgimento do Universo, sem dogmas e deuses barbados fabricando criaturas pouco funcionais, com intestino grosso e delgado, pâncreas, amígdalas e outros complementos estranhos -por quê não uma que se alimentasse de ar, por exemplo- e, na segunda parte, Os filhos do Nada, uma vez deixado claro que somos fruto do acaso, sem prêmios ou castigos de hipotéticos céus ou infernos, tento fazer um balanço do caos que é a vida inteligente no planeta, nossos muitos erros e poucos acertos em busca de um rumo, tentando fugir da Grande Manada, a terceira e simbolicamente derradeira parte…
Assuntos tratados:
A ANGÚSTIA DE DEUS
SEMEANDO DÚVIDAS…
FILHOS DO NADA
A DOUTRINA DA VIOLÊNCIA
A DOUTRINA FRANCA
A DOUTRINA RACIONAL
O REGREDIR PARA EVOLUIR
A GRANDE MANADA
Pela mentalidade humana, a imortalidade seria um prêmio, o “Paraíso”…Vamos extrapolar ao máximo nosso gráfico de expansão de poder e conhecimento, passando pelos deuses e indo além: alcançamos poder e sabedoria infinitos…e agora? O que fazer com eles? Não há mais finalidade, utilidade, missão, aquisições! Um ser, um deus inútil! O acaso criou o Universo, seu surgimento foi um incidente; a vida não é uma benesse,é um fardo pesado que carregaremos ao infinito em busca de um só objetivo, incompreendido pelos homens mas que é a meta dos “deuses”, dos seres mais avançados: o não ser, conseguir todo saber e poder com o fito de dissolver-se. Não é a expansão contínua do Universo um caminho inverso ao de sua formação, a aglutinação de partículas? Logo, o caminho, o destino, é retornar à dissolução completa, o Nada.
Aos homens medíocres, aos minerais, vegetais e animais, resta uma benesse transitória, dissolver-se, não pensar. Uma pedra é triste? Uma pedra tem decepções? Mas transitória é esta “felicidade”, pois o ciclo da matéria é continuo e somente quando a última partícula surgida no Universo tornada “Deus” conseguir se extinguir, retornar ao Nada, a angustia terminará. Quão longe está o homem ou a pedra deste verdadeiro paraíso, o não ser…
Resta a nós procurarmos acelerar este caminho, aumentando nossa distância dos seres inertes e medíocres, enfrentando o fardo da consciência e pegarmos uma “carona” com os deuses após a morte. Angustiados como eles, ao pensar: tudo voltará finalmente ao Nada… mas nada que existe permanece imutável num tempo infinito…uma ínfima partícula adensada…e outra, mais outra…
Nunca escaparemos deste ciclo?
Não pergunte ao seu “Deus”. Ele também busca a resposta…
“Se Ele é perfeito e completo, como
Ele pode ter o desejo de criar algo?”
Jinasena(900 DC)
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