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"O bom do livro é que quando ele acaba continua cheio e a gente pode ler de novo" (Joaninha,3 anos)

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Não somos terráqueos, somos alienígenas de 2ª classe...

Serra da Mantiqueira, 3300ft above sea level, 05:00hs, encapotado, cachecol e café. Resmungando contra as civilizações avançadas...

Elementar... Pensem só um pouquinho, seus pseudos terráqueos egocêntricos... Desde que se conhece o homem neste planetinha, ele é obrigado a se comportar como um alienígena em terras estranhas, nas quais não vive naturalmente e sim procura se adaptar. Que raios de animal é esse que precisa da pele de outros para não passar frio? Que no inverno das regiões temperadas ou nas zonas eternamente frias e até nas noites dos tórridos desertos, tem que se aninhar ao lado de uma fogueira? Já fomos mais peludos, é verdade, mas nunca o suficiente para não morrermos por hipotermia, sempre necessitamos de complementos extra corpo. E como era nos primórdios, sem conhecimentos para a caça, sem a descoberta do fogo? Como o espécime humano, o animal peladinho e sem garras sobreviveu e se procriou? Impossível. Esse bípede desplumado, palermas geocêntricos, não é nativo, veio de outros planetas com temperaturas apropriadas onde a pelagem espessa não era necessária, já trazendo consigo o mínimo de conhecimento para sobreviver!

Mas espere aí, oh aspirante a filósofo interplanetário: se nós viemos de outros planetas, cadê a tecnologia que usamos para aqui chegar? Viemos de táxis que retornaram? É mais ou menos isso, cabeçudos, fomos trazidos em naves similares a Arcas de Noé... Já pensaram o porquê desta diversidade de tipos humanoides, bem diferentes em cor, tamanho, hábitos, enquanto os demais animais são mais uniformes dentro de sua espécie? Porque somos restos de planetas diversos, trazidos para cá não por vontade ou tecnologia própria, mas sim por civilizações superiores em operações mais ou menos parecidas como as que salvam animais de áreas que serão inundadas por lagos de represas em construção ou em zonas de catástrofes...

-Ei Joe, os planetas X, Y e Z estão prestes a se extinguirem, o quê faremos com os habitantes que possuem sinais de inteligência em desenvolvimento?

-Não podemos abandoná-los à sua sorte, mas para cá não vai dar para trazer, iriam sujar o planeta todo, arranje algum outro que tenha condições de vida para eles.

-Tem aquele pequeno, já com vida animal e vegetal a poucos anos-luz daqui, a Terra. Mas tem variações de temperatura letais para eles, peladinhos, além de animais enormes, dinossauros, que simplesmente pisarão neles sem tomar conhecimento...

-Faz o seguinte: mande lá a tropa, acabe com os dinossauros; quanto aos animais menores os humanoides já sabem se defender, apenas oriente como se abrigarem -lá cai água do céu- mas usando somente os meios existentes no planeta. Não esqueça do fogo ou morrerão de frio, lá tem oxigênio para ajudar queimar à vontade. Para não se estranharem, coloque o pessoal de X, Y e Z separados por boas distâncias.

-Falou, Joe, vou dar um jeito. Mas uma coisa lhe digo, esses tipos ainda vão acabar com o planeta Terra que ia tão bem sem animais inteligentes...

-Problema deles, já estamos fazendo muito em salvá-los da extinção, além disso manteremos expedições periódicas para acompanhar seu progresso. Mas sempre discretos, sem interferir, apenas alguma transferência de tecnologia quando se fizer necessário, um chipzinho ou outro...

-Vão pensar que somos deuses...

-É bom, manterá um pouco de ordem pelo temor ao incompreensível...


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